Por Gustavo Henrique Thomaz Ramos*
A escolha de Junho para celebrarmos o orgulho LGBT remonta ao 28 de Junho de 1969, dia em que a comunidade LGBT que frequentava o bar Stonewall, em Nova York, se levantou contra a força policial que invadiu o local para prender e repreender as pessoas que lá estavam. Após a invasão, protestos pela garantia de direitos LGBT se desencadearam por todo os Estados Unidos e ao redor do mundo. Apesar do grande marco que foi o Stonewall, também devemos reforçar que a luta pelos direitos da comunidade LGBT data de muito tempo antes do incidente, e que ela não terminou após ele. Do contrário, ela continua até hoje, pois, por exemplo, a união homoafetiva no Brasil foi reconhecida apenas em 2011, e a LGBTfobia foi criminalizada apenas em 2019. Para além disso, a comunidade ainda luta por outros direitos que não foram reconhecidos e por alguns outros que estão constantemente ameaçados, como o direito à vida, uma vez que o Brasil é um dos países que mais mata LGBTs ao redor do mundo.
Tendo em vista os desafios que ainda temos pela frente, o mês de Junho serve para refletirmos sobre o que já foi feito e o que ainda deve ser feito em termos de lutas pelos direitos da população LGBT, e também destacar o orgulho “do que somos e podemos ser” numa sociedade ainda muito marcada pelo preconceito.
O evento é organizado pela PROEC em colaboração com a SIPAD, CEAPPE, NAP, DELEM, PPGL e LABIN. Serão apresentadas uma série de ações virtuais que trarão reflexões frente aos avanços, as conquistas, desafios e lutas das subjetividades LGBT.
As ações acontecem a partir de 10 de junho e seguem até o dia 30 deste mês, dia internacional do orgulho LGBT. Confira a programação nas redes sociais da Coordenadoria de Cultura/PROEC, da SIPAD e dos demais parceiros.
Cronograma completo do Junho LGBT na UFPR:
https://www.facebook.com/events/329913945331778
Para começar desde já a reflexão, e também para inspirar muitas outras, confira abaixo o poema/slogan da campanha Junho LGBT na UFPR.
“Por tudo que somos e podemos ser somos tanto.
Somos filhes, mães, pais, irmãos e irmãs.
Somos professores, pesquisadores, atores e tantos outres.
Ocupamos espaços.
Estamos na rua.
Estamos ao seu lado, na sua frente.
Não lutamos por privilégios e nem queremos tê-los.
Nossa militância é no cotidiano e celebra a garantia a vida.
Vida que lutamos.
Vida que queremos
Vida que agarramos.
Por tudo que somos e podemos ser.
Somos tanto.”
A UFPR é de todes, e para todes!
*Gustavo Thomaz Ramos é estudante de Letras Português/Inglês da UFPR e bolsista do Núcleo de Comunicação da SIPAD