Em novembro de 2009, a Assembleia Geral da ONU estabeleceu o dia 18 de Julho como Dia Internacional de Nelson Mandela. Rolihlahla, nome original de Mandela, nasceu na Vila Mvezo, África do Sul, em 1918. A partir do ano de 1942, ele iniciou seu ativismo político, cuja principal bandeira foi a luta contra o apartheid, regime de segregação racial vigente na África do Sul de 1948 a 1994.  

Em 1962, Mandela deixou seu país para viajar pela África e pela Inglaterra divulgando sua causa. Alguns meses depois, ao retornar à África do Sul, Mandela foi preso por incitar greves e por ter deixado o país sem a permissão do governo. 

A soltura veio quase 28 anos depois, em 1990, e, uma vez livre, Mandela continuou sua luta contra a segregação racial e o monopólio de poder pela minoria branca na África do Sul. A ação de Mandela pelo fim do apartheid e pelo estabelecimento de uma sociedade mais justa, pacífica e democrática, rendeu-lhe o Prêmio Nobel da Paz de 1993. A derrubada do regime veio em 1994, e, nesse mesmo ano, ele se tornou presidente da África do Sul, o primeiro eleito democraticamente, é importante destacar.  

O então presidente da África do Sul, em discurso a Assembleia Geral da ONU de 1994, apontava o quão importante era o combate ao racismo, não apenas para a África do Sul, mas também para as demais nações do mundo, pois, Mandela explicava, as nações são interdependentes e a presença de um regime racista em uma delas poderia fomentar o racismo nas outras. Logo, tendo em vista a ideia da interdependência entre nações e a história do primeiro presidente da África do Sul eleito democraticamente, o Dia Internacional de Nelson Mandela nos convida a olhar para a sociedade em nível local, nacional e mundial, e então, refletir sobre o que ainda precisa ser feito em cada um desses níveis para que aquela sociedade mais justa e democrática, que guiou Mandela em sua luta contra o racismo e o apartheid, seja atingida.