O assunto deve ser levado muito a sério e a data se mostra cada vez mais importante e significativa
Por Gabriel Siqueira
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) o suicídio é uma das principais causas de mortalidade no Brasil e no mundo, para pessoas de todas as idades, e representa mais de 800 mil mortes anualmente – o que equivale a um suicídio a cada 40 segundos. Desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), organiza nacionalmente o “Setembro Amarelo” inspirado na data de hoje, dia 10 de setembro, “Dia Mundial de Prevenção do Suicídio”.
A campanha do Setembro Amarelo tem como principal objetivo prevenir e reduzir o número de suicídios no país e enfrenta o enorme desafio de conscientizar a sociedade em geral que problemas diretamente associados ao suicídio, como a depressão por exemplo, são patologias que devem ser tratadas com fundamental atenção e cuidado, não como “bobeira” ou “frescura”. Somente no Brasil, são registrados cerca de 12 mil suicídios todos os anos, uma triste realidade que cada vez atinge mais jovens e adolescentes e representa uma das três principais causas de morte em indivíduos com idade entre 15 e 29 anos.
A depressão figura como principal causa do suicídio, seguida do transtorno bipolar e do abuso de substâncias químicas. Essa crescente nas estatísticas preocupa médicos, cientistas e especialistas de todos os países e reforça a importância de uma data tão significativa quanto a de hoje. A primeira medida preventiva é a educação e o assunto deve ser tratado de forma aberta, livre e com a seriedade que exige. Também é necessário ressaltar que quando identificados sinais de tendência ao suicídio ou outras psicopatologias, um profissional capacitado deve ser procurado imediatamente.
Caso você ou alguém que você conhece esteja precisando de ajuda, é possível procurar o Centro de Valorização da Vida (CVV), que oferece apoio emocional e prevenção do suicídio por telefone (188), e-mail, chat e pessoalmente. O atendimento é voluntário, gratuito e com total sigilo. Além disso, há diversas iniciativas gratuitas em universidades, coletivos independentes e grupos de apoio ao redor do país que atuam com foco no auxílio psicológico. Basta uma breve pesquisa na internet para encontrar ajuda o mais próximo possível.